Vinhos de Altitude de Santa Catarina recebem selo de Indicação Geográfica

O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) concedeu ontem (29) a Indicação Geográfica (IG) para os Vinhos de Altitude de Santa Catarina. Os produtos que poderão carregar o selo de Indicação de Procedência (IP) são vinhos finos, vinhos nobres, vinhos licorosos, espumantes naturais, vinhos moscatel e brandy (destilado de uvas).

O registro da IG é concedido aos produtos que apresentam qualidade única e características do seu local de origem. “A concessão da IG coroa um trabalho de mais de 30 anos de pesquisa em torno da produção de vinhos finos em Santa Catarina”, comentou Edilene Steinwandter, presidente da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri).

O selo reconhece os Vinhos de Altitude produzidos em área delimitada, que engloba municípios como Rancho Queimado, Anitápolis, Alfredo Wagner, Bom Retiro, Urubici, Bom Jardim da Serra, São Joaquim, Urupema, Painel, Lages, Capão Alto, Campo Belo do Sul, São José do Cerrito, Vargem, Brunópolis, Curitibanos, Frei Rogério, Monte Carlo, Tangará, Fraiburgo, Pinheiro Preto, Videira, Rio das Antas, Iomerê, Arroio Trinta, Santo Veloso, Treze Tílias, Macieira, Caçador, Vargem Bonita e Água Doce.

São mais de 22 vinícolas associadas e mais de 80 viticultores inseridos no território delimitado, que conta com vinhedos plantados entre 900 e 1400 metros acima do nível do mar.

“Essa conquista representa um avanço muito significativo, na medida em que teremos um selo que garante o padrão de qualidade do produto, e que também possibilita um grande avanço na gestão e estabelece um padrão da viticultura do território de Santa Catarina. A Indicação Geográfica também representa a organização de vinhateiros do território que se empenham a explorar o alto padrão dos vinhos produzidos na região”, afirmou José Fernando da Silva Protas, pesquisador da Embrapa Uva e Vinho, uma das parceiras no processo que resultou na conquista.

O presidente da Vinhos de Altitude – Produtores e Associados, Humberto Conti, afirmou que a conquista para o selo foi possível graças a um esforço conjunto. “Foi um trabalho muito interessante, e que só vem para valorizar os produtos catarinenses, realizado em conjunto com vários parceiros e coordenado pelo Sebrae/SC com muita competência”, disse ele.

Vale a pena lembrar que o estado de Santa Catarina já possui uma outra Indicação Geográfica, que é a IP Vales da Uva Goethe. A IP tem 458,9 km² e produz vinhos Brancos Secos ou Suaves, Vinhos Leves Secos ou Suaves, Espumantes Brut ou Demi Sec e Vinhos Licorosos, todos feitos com a uva Goethe.

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