Uma das mais reconhecidas vinícolas do Uruguai, a Pisano, trouxe ao Recife a sua gerente de exportação Fabiana Bracco, para uma demonstração de cinco rótulos no Club du Vin, distribuidor local da importadora Mistral.Elaborados artesanalmente, os vinhos da Pisano demonstram a qualidade de quem não está preocupado em colocar grandes quantidades de produtos no mercado. Apesar de ser a líder de exportação daquele país, anualmente, a vinícola produz apenas 500 mil garrafas.
Comandada pelos irmãos Daniel, Gustavo e Eduardo Pisano, descendentes de italianos e bascos, a empresa conta com 40 hectares de vinhedos, dos quais cerca de 70% são ocupados pela cepa Tannat, uva símbolo do Uruguai. Segundo Fabiana, a vinícola não utiliza inseticidas e a colheita e seleção das uvas são feitas de forma manual. “Os nossos vinhos são 99% orgânicos. Só não conseguimos ainda a certificação porque precisaríamos que o clima estivesse há três anos na mesma orientação”, explicou.
Conheça um pouco sobre os vinhos degustados:
Cisplatino Rosé – 2005
Elaborado 100% com a uva Cabernet Franc, é uma boa opção de bebida para o nosso clima. Na boca tem acidez equilibrada e toques herbáceos. A linha Cisplatino foi desenvolvida especialmente para o Brasil. R$ 28.
Cisplatino Tannat Merlot – 2007
Um blend de Tannat (60%) com Merlot (40%). Este vinho passa três meses por barrica de carvalho francês. De cor rubi, tem aromas delicados de ameixas, nozes e especiarias. Na boca é encorpado, com notas de frutos silvestres e defumados. R$ 28.
Rio de los Pájaros Merlot Tannat – 2005
Elaborado com Tannat (40%) e Merlot (60%), estagia cinco meses em barricas. É mais macio e fácil de beber do que o anterior. Sua coloração é um rubi intenso, com reflexos violáceos. Os aromas remetem a frutos vermelhos e nozes. Tem taninos suaves, mas apresenta bom corpo. R$ 37.
RPF (Reserva Personal de la Familia) Tannat – 2005
Feito 100% com a uva Tannat. Segundo Fabiana Bracco, esta linha era uma produção particular da família Pisano, que não estava à venda no mercado. Após ser apresentada a alguns visitantes, vieram vários pedidos para comercialização, o que obrigou a vinícola a disponibiliza-lo nas prateleiras. A bebida passa de 10 a 16 meses em madeira e, de acordo com a diretora, é o mais estruturado de todos os seus vinhos. Suas características são aromas concentrados, com predominância de ameixas maduras. Na boca é robusto e tem boa persistência, combinando com o assado de picanha de cordeiro com polenta, pinhões e cebolas, preparado pela chef do Club du Vin, Nilza Damascena. R$ 61.
Arretxea – 2001
Seu nome é uma homenagem à família materna dos Pisano, de origem Basca. Trata-se de um dos vinhos “top” da vinícola. Tem em sua composição Tannat (50%), Merlot (25%), Cabernet Sauvignon (25%) e passa de 16 a 18 meses em barricas novas de carvalho francês. Apresenta aromas de fumaça, couro e madeira, este último típico da Tannat, com uma complexidade que remete aos vinhos franceses. É perfeito para acompanhar carnes vermelhas. Segundo Fabiana, esta safra não está mais à venda na vinícola. Nos restaurantes uruguaios, chega a custar U$ 300. No Club du Vin, ainda pode ser encontrado por R$ 107.
Club du Vin (distribuidor da importadora Mistral no Recife)
Rua Solidonio Leite, 26, Boa Viagem – Recife- PE
Fone: (81) 3326 5719