Cortes de Cima

O dinamarquês Hans Kristian Jorgensen e sua esposa, a californiana Carrie são os produtores da Cortes de Cima, uma propriedade familiar localizada no Alentejo, em Portugal, a oito quilômetros da Vidigueira (tradicional área de castas brancas). Antes de iniciar a plantação, em 1998, eles consultaram o Departamento de Enologia da Universidade de Davis, nos EUA, que os aconselhou, em função do clima, a plantar apenas castas tintas.

Em 1996 eles decidiram produzir o seu próprio vinho, realizando uma experiência pioneira com a uva Syrah no Alentejo, anterior à sua aprovação como vinho regional pela Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVR). Produzido “ilegalmente” em 1998, o rótulo Incógnito ganhou elogios em Portugal e, depois, algumas medalhas em concursos internacionais.

Os vinhos deste produtor combinam as modernas técnicas e do Novo Mundo com os sabores das uvas portuguesas bem amadurecidas.

Aí estão os vinhos degustados:

Chaminé Tinto, 2006
Um vinho de cor escura, elaborado com 51% de Aragonez, 37% Syrah, 4% Trincadeira, 4% Touriga Nacional e 4% Cabernet Sauvignon. A mistura das diferentes castas resultou em uma bebida jovem, com bom aroma de frutas vermelhas e vegetal. O paladar é macio e tem o adocicado das frutas, além de especiarias. O final é médio e tem uma discreta secura. É um vinho redondo. Compra certeira. Custa R$ 37,74 no Recife, nas importadoras Lacomex, Atacamax e RM Express, entre outras.

/Cortes de Cima Tinto, 2004
No nariz o álcool estava muito presente. Já na boca demonstrou notas florais e de ameixas, embora com acidez um pouco elevada. Tem teor alcoólico de 14,5% e sua composição inclui 51% Aragonez, 45% Syrah e 4% Trincadeira. É um vinho encorpado e estagiou 7 meses em carvalho francês e americano. Pode ser que melhore na garrafa nos próximos anos. R$ 57,87.

Cortes de Cima Syrah Tinto, 2003
É feito com 100% da uva Syrah. Tem tonalidade violeta e os aromas são de frutos maduros, compotas, baunilha e especiarias. No paladar, apresenta corpo médio e persistência, mostrando frescura nas notas de frutas, em conjunto com os taninos do carvalho francês, por onde passou nove meses. O preço de R$ 73,27 está um pouco alto para o rótulo, que é bem elaborado mas não merece tanto.

O produtor ainda tem um azeite fabuloso (o Extra Virgem Cortes de Cima), que falarei em breve num post somente sobre azeites portugueses.

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  1. Na verdade o estágio do Syrah é: Estágio em Barricas: 7 meses em carvalho Francês e Americano. Trata-se de um vinho que já merece algum cuidado com a temperatura e se for decantado apresenta-se um vinho com um maior grau de qualidade do que quando servido da garrafa diretamente para o copo. É experimentar!

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