O ano de 2020 realmente foi atípico em todos os sentidos. Esta é a primeira vez, em 26 anos, que os vinhos finos ganham tamanha representatividade, superando as premiações dos espumantes. Das 321 medalhas conquistadas no ano passado, 166 foram para vinhos, ou seja, 51,71%.
Os espumantes nacionais arremataram 147 prêmios, 45,79% do total. Já os destilados e licorosos tiveram oito distinções, representando 2,5% do total. Na história do setor vitivinícola brasileiro, o 2020 foi o terceiro melhor desempenho em número de premiações, ficando atrás apenas de 2014 (388 medalhas) e 2016 (338 medalhas).
O registro das premiações existe desde 1995, quando a Associação Brasileira de Enologia (ABE) assumiu o papel de enviar as amostras para concursos reconhecidos mundialmente, função que fortaleceu a imagem do vinho brasileiro junto a instituições como a Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV).
“Mostramos ao mundo que depois de tanto investimento em tecnologia, estudos e pesquisas, do vinho ao ponto de venda, o Brasil figura entre os grandes produtores de vinhos e espumantes de excelência”, comentou o presidente da ABE, André de Gasperin (foto).
Para Gasperin, foi uma excelente performance para um ano de pandemia, onde muitos concursos precisaram se adaptar, mudando datas e procedimentos. “Em razão do fechamento da fronteira com a Argentina, não conseguimos enviar amostras para o Vinus e o La Mujer Elige, que todos os anos temos o hábito de mandar”, lamentou.
Os reconhecimentos dos nossos vinhos foram obtidos em 18 concursos realizados no Brasil, Canadá, Chile, Espanha, França, Grécia, Hungria, Inglaterra, Itália, Portugal, República Tcheca e Suíça.