Mês passado participei da degustação dos rótulos desta vinícola e tinha prometido comentá-los aqui no Escrivinhos. Como promessa é dívida, aí vai o pagamento.
A Quinta do Crasto fica situada na margem direita do Rio Douro, em Portugal. É uma propriedade com cerca de 130 hectares, dos quais 70 são ocupados por vinhas, pertencentes à família de Jorge e Leonor Roquette há mais de um século.
Na Quinta do Crasto estão implantadas vinhas em diferentes sistematizações. Nas tradicionais, com cerca de 70 anos, estão variedade das melhores castas utilizadas no Douro. Já nos patamares e vinhas ao alto, foram instalados talhões individualizados das cinco principais castas autorizadas para a região (Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinto Roriz, Tinto Barroca e Tinto Cão). Produz vinhos de mesa tintos de elevada qualidade (Quinta do Crasto, Reserva Monovarietais e Monovinhas), bem como categorias especiais de vinho do Porto (LBV e Vintage). Apesar da utilização da mais avançada tecnologia de vinificação, a Crasto continua a utilizar os tradicionais métodos de pisa em lagares.
Os produtos são importados pela LD – Licínio Dias Importação e distribuídos pela Concept Wine.
Os vinhos provados:
Flor de Crasto – 2005
O vinho é feito a partir das uvas Tinta Roriz, Touriga Franca e Touriga Nacional. Após a fermentação, estagiou parcialmente em barris de carvalho francês. Tem coloração violeta e aromas predominantes de frutas vermelhas, como o morango. Seus taninos estão equilibrados e o sabor preserva a característica frutada. Muito agradável. Tem 13,5% de álcool. R$ 31,90.
Crasto Douro – 2006
Já havia comentado este mesmo vinho aqui no Escrivinhos. Tem em sua composição as castas Tinta Roriz, Tinta Barroca, Touriga Franca e Touriga Nacional, que são esmagadas em lagares pelo método tradicional. Sua fermentação ocorreu em aço inox, onde ficou por dez dias. Foi engarrafado em 2007, sem qualquer colagem ou filtração. Sua coloração é violeta e mostra no nariz notas florais, frutos vermelhos e especiarias. Na boca revela um bom equilíbrio, com taninos redondos e notas frutadas. R$ 44,90.
Crasto Reserva – 2005
As uvas são de Vinhas Velhas, com cerca de 70 anos. Depois da fermentação, a bebida passou 18 meses em carvalho francês (85%) e carvalho americano (15%). É um vinho de caráter mais sério, com boa complexidade aromática, onde se destacam notas de chocolate, tabaco e frutos vermelhos. Tem final intenso e taninos de ótima qualidade. Seu teor alcoólico é 14%. Muito bom. R$ 139,90.
Xisto Roquette & Cazes 2004
Para mim, o melhor da degustação. Tem 60% de Touriga Nacional, 15% de Touriga Franca e 25% de Tinta Roriz. Sua graduação alcoólica é de 14% e a maturação aconteceu durante 18 meses em barricas de carvalho francês. Sua coloração é rubi e os aromas envolvem frutos vermelhos, chocolate, menta e madeira, tudo muito bem integrado. É um vinho elegante, com ótimo potencial de envelhecimento.
Vintage Port
Proveniente de vinhas com 60 anos, as uvas deste Porto são pisadas no método tradicional, em lagares de pedra. Depois de acrescida aguardente vínica, a bebida estagiou em tonéis de carvalho de 9 mil litros, onde permaneceu cerca de dois anos. Sua coloração é opaca e tem aromas de cacau, combinados com frutas secas, como passas. É um vinho de ótima persistência e doçura, que combina com chocolate amargo, sorvete de frutas vermelhas e queijos de sabor mais forte. O teor alcoólico é de 19,5%.
Oi Fabiana!
Ontem estive numa degustação deles.
Simplesmente ótimos, principalmente o Reserva e o Xisto.
Degustei tb o LBV. Impressionante!
vale cada centavo.
abs!
Alexandre
Ola Fabiana… realmente são belíssimos vinhos. Mas existem outros produtores mais pequenos, da mesma região, à espera de serem descobertos… eu conheço alguns…se os quiser provar, diga!
Vitor
Olá, Vitor. Estou sempre receptiva a conhecer novos vinhos. Se quiser me apresentá-los, fique à vontade.
Abraços,
Fabiana