A Miolo Wine Group aproveitou o final de ano para lançar a linha de espumantes Miolo Cuvée Tradition. Composta por três rótulos produzidos e engarrafados no Vale dos Vinhedos (brut, brut rosé e demi-sec), a linha substituirá o Miolo Brut e o Miolo Brut Rosé.
O lançamento do Cuvée Tradition tem o desafio de consolidar a liderança da empresa como uma das maiores produtoras de espumantes das Américas pelo método champenoise e conquistar consumidores que valorizam a tradição e a qualidade evidenciadas por esse método de elaboração.
Os espumantes serão elaborados com as uvas Pinot Noir e Chardonnay, as mesmas usadas na elaboração dos champagnes franceses.
“Intensificamos a produção pelo método champenoise porque queremos elaborar espumantes que atendam a um segmento de consumo que busca a exclusividade, a qualidade e a tradição”, afirma o diretor-técnico, Adriano Miolo, lembrando que todo o processo de elaboração do espumante por esse método ocorre na própria garrafa, em ambiente climatizado, e com longo período de envelhecimento (autólise) nas caves subterrâneas da empresa, no Vale dos Vinhedos, RS.
O projeto Cuvée Tradition exigiu investimentos de aproximadamente R$ 5 milhões realizado a partir de uma parceria com a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) visando buscar a excelência na produção de espumantes e triplicar a elaboração destes na Miolo no Vale dos Vinhedos (RS) para 1,5 milhões de garrafas. Os recursos foram aplicados na modernização dos vinhedos e em máquinas específicas para o champenoise.
O projeto determinou a automatização de todo o sistema da vinificação com alta tecnologia objetivando viabilizar um sistema artesanal em escala de produção. A tecnologia foi importada da Europa e desenvolvida no Brasil. “O mérito do projeto da Miolo foi inovar na atividade de vinhos espumantes”, afirma Murilo Azevedo, chefe do departamento de agronegócios da Finep.
As principais mudanças ocorreram na automatização da “Remuage”- processo no qual as garrafas eram giradas ¼ de volta manualmente todos os dias, durante aproximadamente uma semana visando decantar as leveduras do espumante para sua extremidade – e do degorgemant – que consiste no congelamento do gargalo das garrafas, juntamente com as leveduras que ali se depositaram. Dessa forma, quando a garrafa é aberta para a retirada desses precipitados a perda de pressão diminui bastante. “As máquinas melhoraram os processos e possibilitaram uma constância na qualidade, tão importante para a consolidação de uma marca”, explica Flávio Fachinelli, consultor do projeto.