Mário Neves, diretor de exportação da Aliança Vinhos de Portugal, esteve esta semana no Recife divulgando os seus rótulos. O “senhor do vinho”, título dado a ele pela publicação portuguesa “Revista de Vinhos”, ficou feliz em constatar que o brasileiro está procurando conhecer mais sobre vinhos e que os estabelecimentos têm dado maior atenção ao serviço da bebida.
Neves, que é neto do fundador da Aliança, diz que o Douro produz os vinhos mais elegantes e o Alentejo ótimos rótulos, mas é a Bairrada, sua terra natal, que tem a uva que dá origem aos melhores vinhos de Portugal em sua opinião: a Baga. Inclusive, o Quinta da Dôna 2004, vinho provado durante a degustação só comprovou o grande potencial desta casta.
A Aliança vinhos de Portugal foi fundada em 1927. Oitenta anos depois, o comendador Joe Berardo, principal acionista do grupo português Bacalhôa, adquiriu também seu capital majoritário.Mesmo assim, a empresa não abriu mão de sua identidade.
Em 2005, a Aliança foi considerada uma das 20 melhores empresas do setor no mundo pela prestigiada revista norte-americana Wine Spectator. Possui quintas (vinícolas) em diferentes regiões portuguesas: Quinta da Garrida (Dão), Quinta das Baceladas (Bairrada), Quinta da Terrugem (Alentejo), Quinta D’Aguiar (Castelo Rodrigo) e Quinta dos Quatro Ventos (Douro Superior).
Sua produção atual é de 5 milhões de garrafas por ano, sendo 4 milhões de vinhos tranquilos e 1 milhão de espumantes. Mais de 50% de sua produção é destinada à exportação, com cerca de 60 países atendidos.
Por sugestão do importador Licínio Dias, o simpático Mário Neves provou acarajé e chope gelado antes de conduzir a degustação. E adorou!
Depois, veio uma bela seleção de vinhos. Inclusive, ele fez questão de abrir um rótulo que ainda não está sendo comercializado: o Nélson Neves 2009, vinho que leva o nome do seu pai. Trata-se de um excelente corte de Merlot (90%) e Cabernet Sauvignon (10%). Só foram produzidas apenas 7 mil garrafas.
Confira nos próximos posts os vinhos provados.