O Vinho Mariani e as origens da Coca-Cola

Em 1871, o químico ítalo-francês Ange Mariani lançou um
elixir medicinal que continha vinho tinto de Bordeaux misturado a um extrato de
folhas de coca. O vinho Mariani, como foi batizado, fez bastante sucesso na
época.
Seu criador ressaltava as propriedades medicinais e
estimulantes da bebida, que era apreciada até pelo papa Leão XIII. Aliás, o
papa chegou a conceder uma medalha a Mariani por sua invenção e ainda teve a
sua imagem estampada em propaganda do produto, afirmando que o vinho era “saudável,
forte, energético e vital”.
Conta-se que a bebida também tinha outros apreciadores de renome,
como Thomas Edison, Alexandre Dumas e Julio Verne. O criador da Estátua da
Liberdade, Frédéric Bartholdi, chegou a afirmar que a estátua “seria muito mais
alta” caso ele estivesse sob efeito do vinho quando a projetou.
Exportado para diferentes países, o Vinho Mariani teve sua
comercialização proibida em 1914, uma vez que foram descobertos os efeitos nocivos
do cloridrato de cocaína, usado na fórmula da bebida, à saúde humana.
Antes disso, em 1884, o farmacêutico norte americano John
Stith Pemberton, usou o Vinho Mariani junto com noz de cola para desenvolver
uma nova bebida, chamada de Vinho de Coca ou Pemberton’s French Wine Coca. Um
tempo depois, ele retirou o álcool do produto e acrescentou água gaseificada para
que ele fosse servido como refrigerante. Nascia então a Coca-Cola, que até 1903
continha cocaína em sua fórmula.
Depois da morte de Pemberton, em 1888, seu
sócio, Frank Robinson, criador da logomarca usada até hoje, vendeu a fórmula
para o empresário Asa Candler. O produto foi patenteado em 1893 e o resto da
história você já sabe.

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