“Praticando o desapego” em dose dupla na Confraria Brasileira de Enoblogs [#CBE]

Me empolguei com o tema do mês da Confraria Brasileira de Enoblogs, que sugeria a prática do desapego, e resolvi abri logo dois rótulos que vinha guardando com muito carinho na adega. Confesso que a escolha foi difícil, pois tenho alguns outros que estão lá, descansando, e que não tenho muita coragem de abrir… Mas isso é papo para outro post.

Pois bem, o tema de julho foi sugerido pelos confrades Claudio Werneck e Rafaela Giordano, do Le Vin Au blog. Para mim, foi bem oportuno, já que completei dez anos de casamento exatamente em junho, mês que também se comemora o Dia dos Namorados. Então, obrigada, Claudio e Rafaela por dar essa forcinha!

Para começar os trabalhos, um Champagne. Esse não estava guardado há muito tempo, pois havia trazido de viagem recente à França. Era um rótulo que eu tinha muita curiosidade em provar, uma vez que a marca possui o título de grife mais exclusiva de champanhe do mundo. Em meados do século XIX, a Perrier Jouët se tornou a fornecedora oficial de champagnes para a rainha Vitória, da Inglaterra.

Perrier Jouët Grand Brut 

Produtor: Perrier Jouët.
Origem: Epernay, Champagne, França.
Visual: Amarelo palha com reflexos esverdeados. Bolhas finas, porém não muito persistentes.
Olfato: Bastante floral, com algumas notas de mel e de frutas secas. Achei um pouco enjoativo.
Paladar: Fresco, cremoso e com boa acidez. Frutas brancas e as notas percebidas no nariz repetem-se na boca.
Outras considerações: Elaborado com as uvas Chardonnay e Pinot Noir, tem 12% de graduação alcoólica.


Classificação: Muito Bom.
Faixa de preço: R$ 200 [Importador: Pernord-Ricard]

Em seguida, um tinto argentino também trazido de viagem, só que este já estava guardado há uns três anos. Foi comprado na própria vinícola, tendo nos sido apresentado como o seu melhor rótulo, de uma grandiosa safra. É realmente surpreendente!

D.V. Catena Malbec Adrianna Vineyard 2005

Produtor: Catena Zapata.
Origem: Tupungato, Mendoza, Argentina.
Visual: Cor rubi profundo, com leves traços violáceos.
Olfato: Excelente complexidade. Primeiro aparecem as notas de frutas vermelhas maduras, como ameixa. Em segundo plano, surgem toques de café, tabaco, chocolate, noz moscada e cassis.
Paladar: Une potência à elegância de uma forma muito agradável. É um vinho carnudo, mas ao mesmo tempo aveludado, com final marcante e prolongado. Frutas maduras e chocolate marcam o seu delicioso sabor
Outras considerações: O vinhedo Adrianna, batizado em homenagem à filha mais nova de
Nicolas Catena, é o mais alto de Mendoza, com 1.470 metros de altitude. Apenas 70 barricas deste vinho foram produzidas. O vinho tem 14% e amadureceu 24 meses em carvalho francês novo.

Classificação: Excepcional.
Faixa de preço: R$ 300 [Importador: Mistral]

Para terminar, só uma observação. Estes são vinhos que, pelo valor cobrado, eu nunca compraria aqui no Brasil. Já que eles foram trazidos da origem, custaram pelo menos metade do preço.

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0 Replies to ““Praticando o desapego” em dose dupla na Confraria Brasileira de Enoblogs [#CBE]”

  1. Oi, Fabiana, uau, vocês capricharam! 🙂 Esta coragem nos falta por aqui. Estamos com a adega cheia, mas vez ou outra nos vemos sem vinhos para beber porque os que estão ali aguardam uma ocasião especial (como se o vinho em si já não fosse um ótimo motivo para comemorar, né?).
    Bjs,
    Rafaela

  2. Oi, Fabiana, uau, vocês capricharam! 🙂 Esta coragem nos falta por aqui. Estamos com a adega cheia, mas vez ou outra nos vemos sem vinhos para beber porque os que estão ali aguardam uma ocasião especial (como se o vinho em si já não fosse um ótimo motivo para comemorar, né?).
    Bjs,
    Rafaela

  3. Caros,

    Não existe ocasião para se beber um bom vinho. O bom vinho faz a ocasião! Abram a adega, pois a gente não leva garrafas de vinho para o outro lado. 😉

    Abraços,

    Flavio

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