O Observatorio Vitivinícola, organismo de pesquisa argentino, divulgou a primeira parte de um estudo comparativo entre as indústrias vitivinícolas da Argentina e do Chile. Esta fase se refere aos hectares plantados, os produtos elaborados e o consumo interno em ambos os países.
Segundo a pesquisa, o Chile tem uma superfície total de 756 mil km² e vivem no país mais de 17 milhões de habitantes, enquanto que a Argentina tem uma superfície quase quatro vezes maior (2.780 mil km²) e mais de 40 milhões de habitantes. Enquanto o Chile destina 72% de sua produção de vinhos para o mercado externo, a Argentina faz o caminho proporcionalmente inverso (72% de sua produção vai para o consumo interno).
Carmenère é a variedade símbolo do Chile, mas os seus vinhos não lideram as exportações daquele país, como é o caso da uva Malbec na Argentina.
O estudo mostra que a Argentina possui 16,3% de áreas plantadas a mais que o Chile. Mais de 95% das plantações de uvas argentinas têm os frutos destinados à elaboração de vinhos e mostos, enquanto no Chile este número alcança apenas 64%. O restante está plantado com uvas de mesa (30%) e para a produção de pisco (6%).
A uva com maior superfície cultivada no Chile é a Cabernet Sauvignon. A Carmenère representa apenas 8% de participação entre as uvas plantadas para vinificação. As primeiras quatro variedades do Chile (Cabernet Sauvignon, Sauvignon Blanc, Chardonnay e Merlot) representam 62% da superfície cultivada.
Das uvas de qualidade enológica, a variedade que possui maior superfície cultivada na Argentina é a Malbec (17%), seguida pela Bonarda (10%) e Cabernet Sauvignon (9%), enquanto que entre as variedades brancas se destacam a Pedro Giménez (6%) e Torrontés Riojano (4%).
No caso da Argentina, as primeiras quatro variedades (Malbec, Bonarda, Cabernet Sauvignon y Pedro Giménez) concentram 42% da superfície cultivada.
*Com informações do jornal Los Andes.