Confraria Cavas celebra mistura de sabores com encontro no Nabuco

O restaurante Nabuco, em Boa Viagem, no Recife, foi o local escolhido para a realização do 29º encontro da Confraria Amigos do Vinho Vale do São Francisco (Cavas), que aconteceu na última semana. Muito prestigiado, como sempre, o evento foi uma oportunidade para os confrades degustarem alguns vinhos da distribuidora pernambucana Dom Vinho, harmonizados com a culinária já consagrada do chef César Santos, que é uma verdadeira mistura de sabores e texturas.
Entre uma taça e outra, os sommeliers Célio Vasconcelos (Dom Vinho), Ângelo Miranda (Ponte Nova) e Fabiana Gonçalves (Escrivinhos), fizeram uma breve explanação sobre os vinhos servidos, comentando as harmonizações.
O encontro ainda contou ainda com a rica participação do confrade jornalista Marcelo Sandes, que de forma inteligente e descontraída traçou um paralelo entre vinho e literatura.
Confira os vídeos da apresentação de Marcelo:
 
  
Partindo para a parte “prática”, a abertura dos comes e bebes foi feita com um ótimo espumante nacional:
Fausto de Pizzato Brut
Produtor: Pizzato
Origem: Serra Gaúcha, Brasil.
Visual: Coloração amarelo palha. Bolhas de médias a finas, em boa quantidade e persistência.
Olfato: Os aromas são frutados e alegres, lembrando um Prosecco, com leves toques cítricos, de amêndoa e fermento.
Paladar: Ótima cremosidade. Aparece novamente o tutti-frutti, mas sua boa acidez equilibrada com o açúcar faz com que a bebida não fique enjoativa.
Outras considerações: Elaborado pelo método Charmat, com segunda fermentação em tanques de inox, é feito com a uva Chardonnay e base Blanc de Noir, com as variedades Merlot e Cabernet Sauvignon. O nome “Fausto” faz referência à localidade Dr. Fausto de Castro, em Dois Lajedos, na Serra Gaúcha, onde são cultivadas as uvas. Sua graduação alcoólica é de 12,4%.
Classificação: Muito Bom/Excelente
Faixa de Preço: R$ 39
Recepção:
>>Torradas com azeites aromatizados com diversas especiarias.
Para acompanhar as entradas foi servido um interessante vinho branco:
Casas del Toqui Sauvignon Blanc – 2010
Produtor: Casas del Toqui.
Origem: Vale Central, Chile.
Visual: Cor amarelo palha com reflexos esverdeados.
Olfato: Discreto, com notas cítricas, tropicais e leve mineral.
Paladar: As sensações sentidas no nariz aparecem com maior intensidade, principalmente a mineralidade. Boa acidez, bom corpo.
Outras considerações: Produzido 100% com a uva Sauvignon Blanc, tem graduação alcoólica de 13%.
Classificação: Bom/Muito Bom
Faixa de Preço: R$ 28
Para entrada:
>>Mix de bolinho de banana com carne de sol, molho de mostrada, vinagrete de carne de sol, presunto de Parma com passa de caju e cream cheese.
>>Salmão defumado com picles de pepino, molho de mostarda e manga Kent (uma combinação difícil, porém que se saiu bem com a presença da manga, elemento que deu uma neutralizada na potência do picles e da mostarda).
Com os pratos principais, veio um vinho da caprichosa (assim como lembrou o confrade Célio) uva Pinot Noir:
Casas del Toqui Reserva Pinot Noir – 2010
Produtor: Casas del Toqui.
Origem: Vale de Cachapoal, Chile.
Visual: Cor rubi bem claro, límpido e transparente.
Olfato: Frutas vermelhas (morango, cereja), fumo, azeitona preta.
Paladar: Corpo leve, boa acidez. Repete as impressões do nariz, junto com um toque de baunilha conferido pela passagem em carvalho.
Outras considerações: Parte (40%) do vinho teve estágio em madeira. Elaborado 100% com a uva Pinot Noir. Tem 13,5% de álcool. Um Pinot de boa tipicidade, com “cara” de Velho Mundo.
Classificação: Muito Bom
Faixa de Preço: R$ 50
Pratos principais:
>>Risoto de aspargos verdes decorados com camarões (este prato compôs a harmonização da noite, em minha opinião, com o vinho Sauvignon Blanc).
>>Magret de Cannard a molho de tamarindo e purê de inhame gratinado, servido levemente mal passado, seguindo as tradições francesas (o que para os paladares brasileiros pode ser mal interpretado ou simplesmente não agradar). A proposta de harmonização foi boa: prato leve + vinho leve.
De sobremesa, um bem escolhido vinho do Porto:
Burmester Jockey Club Porto Reserva
Produtor: Casa Burmester | Sogevinus.
Origem: Douro, Portugal.
Visual: Coloração alaranjada.
Olfato: Caramelo, frutas vermelhas em compota, erva-doce.
Paladar: Boa presença de boca, com doçura agradável, equilibrada com a boa acidez. Traz além das características do nariz, notas de frutas secas.
Outras considerações: Este é um Tawny (vinho do Porto aloirado) produzido com as castas Tinta Barroca, Tinta Roriz, Touriga Franca e Touriga Nacional. Passou sete anos em garrafa antes de ser comercializado. Seu nome é uma homenagem aos esportes com cavalos, paixão da família Burmester. O teor alcoólico é de 20%.
Classificação: Muito Bom
Faixa de Preço: R$ 68
De sobremesa:
>>Doce negro: bolo de chocolate meio amargo com calda de chocolate amargo, chantilly e morango.
Como já é de praxe, parabéns aos organizadores Ricardo e Gustavo Lustosa e a todos os participantes que prestigiaram o evento. Agora é esperar pela 30ª edição (a balzaquiana, segundo Marcelo Sandes).
Os vinhos da Dom Vinho podem ser encomendados diretamente a Célio, pelo fone: (81) 9192 9252 ou pelo e-mail: domvinho@domvinho.com.br
Abraços a todos!

You Might Also Like

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *