Foto: Romanée-Conti/Divulgação
Os produtores franceses La Romanée, La Grande Rue, Romanée-Conti, La Tâche e Clos de Tart, da região da Borgonha, solicitaram ao Institut National des Appellations d’Origine (INAO) que banisse do livro de regras a permissão de uso de máquinas para a colheita. Inclusive, este mesmo grupo já anunciou que a vindima deste ano será feita toda de forma manual.
O proprietário da Domaine Comte Liger-Belair e presidente da União de Grand Crus da Borgonha, Louis Michel Liger-Belair, afirmou ao site decanter.com que cerca de 5% dos Grand Crus que utilizam máquinas passam uma má imagem, pois a colheita manual apesar de custar um pouco mais, apresenta melhor qualidade.
Sylvain Pitiot, proprietário da Clos de Tart, observou que a proibição de máquinas nas vindimas é aceita pela maioria, mas não por todos os produtores. “Na verdade, vários Grand Crus utilizam máquinas, nomeadamente Corton e especialmente Chablis”, explicou.
Além de fazer as vindimas de forma totalmente manual, o grupo já reduziu também o rendimento de uvas por hectare. Embora a lei, por enquanto, diga respeito apenas aos cinco monopólios, a expectativa é de que o exemplo seja seguido pelo restante. A intenção é que até 2014 as máquinas deixem definitivamente de ser utilizadas.
Com informações de Maria João de Almeida.