Na última quarta-feira (15), foi realizado no restaurante Mingus, em Boa Viagem, no Recife, o 23º encontro da Confraria Amigos do Vinho Vale do São Francisco (Cavas). Na ocasião, o proprietário da vinícola chilena Chono, Sergio Reyes (foto), fez uma explanação sobre a empresa e seus vinhos, que foram harmonizados com um jantar preparado especialmente para o evento.
Os vinhos da Chono estão sendo distribuídos no Recife com exclusividade pela Casa dos Frios. Segundo Maurício Dias, sommelier e um dos proprietários das lojas, a nova distribuição faz parte de um projeto de trazer para a Casa dos Frios (Graças e Boa Viagem) rótulos de pequenos produtores e de vinícolas boutique.
A Chono é um dos projetos da Geo Wines, fundada em 2000 por Sergio Reyes junto com Alvaro Espinoza – um dos enólogos mais respeitados do Chile – e Juan Carlos Faundez, que tem trabalhado há mais de 15 anos com Alvaro, compartilhando a mesma paixão e conhecimento por vinhos e a viticultura sustentável.
Os outros projetos da Geo Wines são Rayun, Cerrillos e Cucao. Alguns dos vinhos são produzidos de acordo com os padrões orgânicos e biodinâmicos, como os rótulos Chono San Lorenzo e Chono San Lorenzo Estate, assim como também a linha Cerrillos.
Chono era o nome de um povo indígena que viveu na Patagônia chilena até o século 18. Foi estudado pelo naturalista Charles Darwin, que o descreveu como um povo “apaixonado e de grande temperamento”.
Eram pescadores e conviviam com um clima difícil, de poucas chuvas. Construiam eficientes embarcações, como a da foto acima.
Em 1916, Eduardo Moore, avô de Sergio Reyes, conheceu um dos últimos representantes do povo Chono quando serviu ao exército e ficou admirado com a história da tribo. Foi daí que veio a inspiração para batizar a linha de vinhos.
ENCONTRO – O encontro da Cavas foi mais uma vez bastante prestigiado. Num clima descontraído, pude comentar sobre um dos cinco vinhos provados – o excelente Chono Reserva Carmenère 2008, junto com o confrade Ivan Miranda, que também falou sobre outros rótulos. O jornalista Renato Lima fez inteligentes comparações entre os vinhos provados e a literatura.
Mais uma vez, parabenizo Ricardo e Gustavo Lustosa pela organização do evento, os confrades pela animação e interesse, e ainda a Casa dos Frios pela seleção dos rótulos. Nos próximos posts, comento sobre os vinhos provados. Até a próxima!