Filosofias do vacuvin

Toda vez que pego o vacuvin* para fechar algum vinho e guardá-lo vem aquela velha sensação: fecho ou não fecho? É que o cheirinho bom que sai durante o “vuc-vuc” na hora de tirar o oxigênio da garrafa é sempre uma tentação para abrir de novo aquela danada e tomá-la todinha, até a última gota.
Mas por que será que as pessoas guardam o vinho que restou? Ele não tava bom o suficiente e depois vão usá-lo para cozinhar? Aquela não foi a primeira garrafa do dia? Ou simplesmente a criatura tava bebendo sozinha e não aguentou entornar o precioso líquido até o final?
Esses são pensamentos que me vêm à cabeça sempre que estou no meio daquele processo (o “vuc-vuc, sem maldades). A resistência que o vacuvin causa quando já não resta quase oxigênio na garrafa é para mim o mesmo que “desista, essa fica prá próxima”. Então, obediente, fecho-a e deixo o vinho para usar no preparo de algum prato ou para tomar uma tacinha no jantar do outro dia, dependendo da categoria em que ele se encaixa.
E você? O que lhe faz fechar o vinho e guardá-lo na geladeira? Já teve essas mesmas sensações ou eu que sou maluca?
*Ah, sim. O vacuvin consiste em um kit com uma bombinha e rolhas de borracha. É só bombear o vinho para tirar o oxigênio de dentro da garrafa. Isso faz a bebida suportar um tempinho a mais de guarda dentro do refrigerador. Dica: tente consumi-lo em, no máximo, quatro dias.

You Might Also Like

0 Replies to “Filosofias do vacuvin”

  1. É, Fabiana, realmente a sensação não é das melhores… Mas eu particularmente não consigo "entornar" uma garrafa sozinho e meus amigos não são apreciadores de vinho. Fazer o quê, né??? O ruim nisso tudo é que na maioria das vezes eu adquiro "meia" garrafa e nem sempre consigo boas marcas.

    Saúde,
    Ludwig

  2. Oi Fabiana, concordo que é sempre um momento chato fechar um vinho e guarda-lo. Mas no meu caso, é a falta de dinheiro que me faz tomar essa atitude, compro no máximo duas garrafas de vinho por semana, e vinhos baratos, as vezes de boa qualidade, por tanto tento faze-los render ao máximo apreciando somente uma taça ao dia. Espero que minha situação melhore para que possa apreciar vinhos melhores e com mais frequencia!

    abraço
    Danilo Cattani

  3. Fabiana,
    a culpa é da minha mulher! Se ela tomasse a parte dela eu – certamente, não guardaria metade de uma garrafa. Brincadeiras à parte, guardo porque acho muito tomar uma garrafa de vinho sozinho, pricipalmente dias de semana.
    Em tempo: Você está faznedo falta no Plaza este ano! O Angelo falou mais em você do que em vinhos (rsrs).
    Abraços e parabéns pelo blog.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *