Miolo leva linhas ‘Reserva’ e ‘Seleção’ para a Campanha Gaúcha e deixa de produzir o Fortaleza do Seival

A Miolo anunciou a transferência da produção das suas tradicionais linhas Reserva e Seleção, antes elaboradas no Vale dos Vinhedos (Bento Gonçalves, RS), para o projeto Seival Estate, localizado na Campanha Gaúcha. Com isso, a marca Fortaleza do Seival [foto] deixará de ser produzida.

Segundo o diretor técnico do grupo, Adriano Miolo, o movimento está alinhado à estratégia da empresa em investir no ganho de qualidade e na busca pela expressão do melhor terroir para cada variedade e à decisão de trabalhar somente com vinhedos próprios.

A Campanha Gaúcha [foto] é composta, entre outras cidades, por Dom Pedrito, Santana do Livramento, Bagé e Candiota, sede do projeto da empresa.

A linha Reserva será complementada com os mesmos varietais utilizados anteriormente para elaborar os vinhos Fortaleza do Seival. Mas o processo de produção terá algumas mudanças. Haverá maior controle de produtividade dos vinhedos, limitada entre 6 e 8 toneladas por hectare, e a elaboração e envelhecimento seguirão o padrão da linha Reserva. Atualmente, o projeto Seival Estate tem 200 hectares em produção.

A linha Reserva será formada por cinco varietais tintos (cabernet sauvignon, merlot, tannat, pinot noir e tempranillo) e quatro brancos (chardonnay, viognier, sauvignon blanc e pinot griggio). A linha Seleção terá dois tintos (cabernet sauvignon/merlot e tempranillo/touriga), dois brancos (chardonnay/viognier e pinot griggio/riesling) e um rosé (cabernet sauvignon/tempranillo).

Os novos vinhos serão apresentados este mês durante o Expovinis e deverão chegar ao mercado em maio.

A mudança não vai alterar a linha Quinta do Seival, composta hoje pelo Castas Portuguesas e pelo Cabernet Sauvignon, e nem o ícone Sesmarias, que permanecem sendo elaborados na região.

A área própria de 120 hectares do Vale dos Vinhedos será destinada à produção dos espumantes Cuvée Tradition e Millésime, devido à reconhecida aptidão e vocação do Vale para elaboração de espumantes.

A Miolo também permanece produzindo na região os vinhos superpremium Lote 43, Merlot Terroir e Cuvée Giuseppe. Por representarem o terroir do Vale dos Vinhedos e pela sua qualidade, esses rótulos receberão, em breve, o selo de “Denominação de Origem” (DO).

A Miolo já vinha se preparando para focar no Vale dos Vinhedos a produção de espumantes de máxima qualidade. A empresa concluiu no ano passado investimento de aproximadamente R$ 5 milhões feito a partir de uma parceria com a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) para triplicar a capacidade de elaboração na região para 1,5 milhões de garrafas. Os recursos também foram aplicados na modernização dos vinhedos e em máquinas específicas para o método champenoise.

O projeto determinou a automatização de todo o sistema da vinificação com alta tecnologia objetivando viabilizar um sistema artesanal em escala de produção. A tecnologia foi importada da Europa e desenvolvida no Brasil.

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