Fotos: Ana Paula Bernardes
Lugar agradável, clima descontraído, boa comida e bons vinhos. Isto pode resumir o que foi o 18º encontro da Confraria dos Amigos do Vinho Vale do São Francisco (Cavas), realizado na última semana, no restaurante O Pátio, no Bairro das Graças, no Recife.
Desta vez, todos os vinhos servidos no evento foram da vinícola brasileira Casa Valduga, que trouxe ótimos rótulos para a degustação. Já o menu teve o toque da chef Cecília Vieira, com pratos que proporcionaram uma bela harmonização.
Os anfitriões Ricardo e Gustavo Lustosa receberam um público bastante animado, com confrades já assíduos e novos participantes. Por falar em assiduidade, o casal Gildenor Pires e Márcia Costa (foto) foram agraciados no evento com um certificado e uma garrafa do vinho Villa Lobos, da Casa Valduga. O motivo? Eles não faltaram a nenhum dos encontros da Cavas em 2009.
Estiveram presentes o representante da Casa Valduga Michael Hennessey, o especialista Ivan Miranda (foto), que falou sobre alguns vinhos da noite, e a titular deste blog, que também deu uma palhinha sobre a degustação. Outra presença anotada foi a da editora da revista Mon Quartier, Naide Nóbrega, que distribuiu exemplares de sua publicação aos participantes.
As harmonizações:
Entrada:
Bruscheta de shitake e queijo, acompanhada de camarões no azeite, alho e ervas.
Espumante Arte Brut
Elaborado com 30% de Chardonnay e 30% de Pinot Noir, este espumante, assim como todos da Casa Valduga, é produzido através do método tradicional (champenoise), com segunda fermentação na própria garrafa.
Trata-se de um espumante de cor amarelo pálido, com bolhas finas e persistentes. Os aromas trazem notas cítricas, mescladas com tostado e uma leve impressão de mel. Apresenta boa cremosidade na boca, com nítida sensação de “agulha”. Mantém o caráter cítrico na boca, harmonizando muito bem com o camarão.
Sua graduação alcoólica é de 11,5%.
Classificação: Muito bom.
2ª Entrada:
Couscous marroquino com emincé de cordeiro em molho de hortelã.
Casa Valduga Premium Cabernet Franc
Este vinho é elaborado com a uva Cabernet Franc, originária de Bordeaux, na França, mas que se adaptou bem na Serra Gaúcha. A bebida estagiou em barricas de carvalho francês por oito meses e tem 13% de álcool.
Já havia comentado o mesmo vinho aqui no blog e pude fazer o mesmo durante o evento (foto). Sua coloração é rubi bem fechada. No nariz, traz aromas de frutas vermelhas, baunilha, e pimentão. O confrade Gustavo lembrou da infância associando o cheiro do vinho ao do “pirulito Zorro”. Sua associação foi correta, já que o vinho tem realmente um caráter de caramelo igual ao daquele doce.
É um vinho com bom corpo, frutado, lembrando licor de cassis, com notas de especiarias. Alguns acharam que o álcool estava se sobressaindo, mas a mim não incomodou. Madeira em equilíbrio e taninos integrados.
Classificação: Muito bom.
Prato Principal:
Filetto Rôti acompanhado de risoto de funghi e parmesão
Mundvs Cabernet Sauvignon
Este foi o rótulo da noite. Elaborado pela Casa Valduga no Vale do Maipo, Chile, com supervisão do enólogo da vinícola, o vinho passou por 18 meses em carvalho francês, com estágio de mais 12 meses em garrafa.
Nota-se o cuidado na sua elaboração em todos os detalhes, desde a bela apresentação da garrafa.
A bebida é de cor rubi, com reflexos violáceos, derramando longas lágrimas finas na taça. O sabor revela frutas vermelhas, especiarias e café, com boa persistência na boca. Trata-se de um vinho redondo, que foi muito bem com a comida.
Classificação: Excelente.
Sobremesa:
Tortinha quente folhada de maçã com sorvete.
Espumante Brut Blush
Para harmonizar com a sobremesa, foi escolhido este espumante rosé, que leva também as uvas Chardonnay e Pinot Noir. Bom para ser tomado bem gelado, acompanhando frutos do mar, entradas e sobremesas com sorvete. Caiu super bem com a escolha do folhado com sorvete.
A bebida tem cor rosada, bolhas em grande quantidade e média persistência e boa cremosidade e frescor. Os aromas e sabores remetem a frutas vermelhas silvestres. Teor alcoólico de 12%.
Classificação: Bom.
Olá Fabi, eu tb tenho uma Confraria com um grupo de amigos, mais uma confraria mais informal. Nos reunimos 1 vez por mes, na Ingá Casa Forte, Zahil BV, Club du Vin ou no Buca Trattoria.. como fazemos pra participarmos das reunioes do Cavas???
Olá! Me passa teu e-mail que eu peço para colocar no mailing da Confraria. Assim vc fica informado(a) dos próximos encontros.
Abraços!
Cara confrade e amiga Fabiana. Mais uma vez fomos agraciados pelas suas brilhantes e cogentes intervenções. Recife está ganhando uma notória eno-especialista. Renato Machado que se cuide! Congratulo a editora Naide Nóbrega, parabenizo a Revista Mon Quartier e rogo transpor as águas do Capibaribe para amerrissar nas praias gastronômicas de Boa Viagem. Nosso evento no Pátio foi descontraído( com notas de humor), harmônico (sob a tutela da criativa Chef Cecília Vieira), instrutivo (conhecimentos palestreados pelo Prof. Ivan Miranda) e aprazível (proporcionados pela Casa Valduga). Características da singular Confraria CAVAS.
Gustavo, eu que agradeço. Grande abraço, Fabiana.
Muito bom, Bina! Deu saudades daquela noite tão agrádavel.
Adorei a sua companhia (por supuesto), o pessoal todo, a comida e, sobretudo, os vinhos. Hummmm….
Um post nota dez para uma noite nota dez! Congrats!
Beijocas,
N.
Fabiana,
Parabenizo pelos comentários sobre os vinhos e sua harmonização no evento! De fato o espumante de entrada me surpreendeu e o Blush ficou um pouco aquém. E o Arte brut pode-se classificar como Best/Buy.
Até a próxima,
Eduardo
Fabiana,
Parabenizo pelos comentários sobre os vinhos e sua harmonização no evento! De fato o espumante de entrada me surpreendeu e o Blush ficou um pouco aquém. E o Arte brut pode-se classificar como Best/Buy.
Até a próxima,
Eduardo