Roquevale

Continuando o passeio pelas vinícolas alentejanas realizado no último roadshow da importadora Adega Alentejana no Recife, vamos agora dar uma parada na Roquevale, segunda maior empresa privada de vinhos daquela região portuguesa. Fui recebida pela enóloga Joana Roque do Vale, que revelou detalhes do processo de produção dos seus vinhos.

A história dessa vinícola inicia em 1970, quando o produtor da Estremadura, António Alfredo Gomes do Santos, adquiriu na região de Redondo as terras de Monte Branco e Herdade da Madeira Nova de Cima. A primeira, de terrenos graníticos, bons para o plantio de castas brancas, e a segunda, de solos xistosos, para as uvas tintas. Durante vários anos, a produção foi entregue numa Adega Cooperativa. Porém, em 1983, por iniciativa do genro de António Alfredo, Carlos Roque do Vale, foi criada a Roquevale. Atualmente, a empresa conta com 200 hectares de vinhas próprias, uma moderna adega e grandes caves de envelhecimento.

Confira os rótulos degustados:

Convento da Serra Branco, 2006
Este vinho foi elaborado com as castas Fernão Pires, Rabo de Ovelha e Roupeiro e possui teor alcoólico de 12%. É um vinho jovem que apresenta em seu aroma leve toque de frutas cítricas, como o limão. Na boca mostra uma certa acidez, bem equilibrada com notas de mel e melão. Tem boa persistência. O preço sugerido pela importadora é R$ 18,77 e pode ser encontrado no Recife em distribuidoras como a Casa dos Frios e Recife Mercantil (confira endereços aqui).

Terras de Xisto Tinto, 2005
Trata-se de um vinho jovem e honesto, feito com as uvas Aragonez, Trincadeira, Castelão e Moreto. Seu teor alcoólico é de 12,5%. Na taça, apresenta cor rubi intensa e aromas de frutos vermelhos com um leve toque de especiarias. É suave e tem bom equilíbrio. Custa por volta de R$ 19,30 e está disponível para venda no Recife, em locais como a Casa dos Frios e Recife Mercantil (consulta de endereços).

Tinto da Talha Grande Escolha, 2005
É um rótulo muito interessante, que deve ficar ainda melhor com o tempo. Eleito o melhor vinho tinto importado no concurso da “Wine and Spirit de Praga”, seu nome faz referência à técnica romana de vinificação em talha de barro. “Antes de 1994, era fermentado em talhas. Hoje o processo é feito em cubas de inox”, explicou a enóloga Joana Roque do Vale.

Na sua composição estão as cepas Aragonez e Touriga Nacional, que resultaram em um vinho com cor rubi intensa e aromas com frutas maduras, baunilha e toques florais. A prova gustativa mostra um vinho fino, equilibrado e com frescor. Estagiou três meses em barricas de carvalho francês e americano e possui 13% de graduação alcoólica. Seu preço no Recife é de R$ 44, na Casa dos Frios (veja o endereço).

Roquevale Reserva Tinto, 2003
Um belo vinho produzido com as castas Alfrocheiro, Aragonez e Alicante Bouschet. O visual revela uma bonita cor granada e a prova olfativa é bem interessante, mostrando aromas de baunilha, café e compotas, trazendo também traços da madeira. Na boca os taninos gordos dão uma sensação de cremosidade. O corpo é volumoso e o vinho possui boa persistência. Passou seis meses em barricas de carvalho francês e americano. Tem 14% de álcool. Custa R$ 57,80, na Casa dos Frios, Recife (ver endereço).

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