Fotos: Armando Artoni*
O restaurante Boi Preto e a importadora Licínio Dias promoveram esta semana no Recife uma degustação de dois rótulos portugueses. A apresentação foi realizada pelo experiente sommelier Barros, que depois de 13 anos atuando em grandes restaurantes de São Paulo, está no Recife prestando consultoria para a importadora, além de desenvolver outros trabalhos na área.
*Na foto: o sommelier Barros, João Carlos Madruga (gerente do Boi Preto), Licínio Dias e o chef Duca Lapenda.
Os vinhos degustados:
É um vinho alentejano desenvolvido pelo premiado enólogo português Luís Duarte a pedido dos importadores Épice e Licínio Dias. Um rótulo bastante agradável e fácil de tomar, daqueles bons para o dia-a-dia. Alicante Buschet, Aragonês e Trincadeira são as castas utilizadas na sua fabricação. É elaborado na vinícola alentejana de Herdade dos Grous e já está na terceira safra.
O visual revela uma cor rubi intenso, formando boas lágrimas na taça. Os aromas são agradáveis e dão toques de frutas vermelhas maduras, baunilha, tabaco e um pouco da madeira, sem interferir no conjunto. Já na boca tem boa acidez e apresenta taninos aveludados. Frutas vermelhas, madeira e especiarias podem ser sentidos no exame gustativo. Tem corpo médio e boa persistência. O álcool é discreto para o seu teor de 14%. É um vinho com características do Novo Mundo, bem frutado e marcado pela madeira.
O vinho passou por seis meses em barrica de carvalho americano e francês. A dica de harmonização do sommelier Barros é com carnes vermelhas.
Segundo Licínio Dias, a sua expectativa de vendas no ano para este rótulo é de quatro mil caixas com seis unidades. Custa R$ 26,50 e está à venda na distribuidora Concept Wine, no Recife (Rua Itajaí, 78, Imbiribeira – fone: 81- 3339.5234). Também consta na carta de vinhos do Boi Preto.
Crasto, 2006
Este é mais um bom vinho do Douro. Tem em sua composição as castas Tinta Roriz, Tinta Barroca, Touriga Franca e Touriga Nacional, que são esmagadas em lagares pelo método tradicional. Sua fermentação ocorreu em aço inox, onde ficou por dez dias. Foi engarrafado em 2007, sem qualquer colagem ou filtração. Sua coloração é violeta e mostra no nariz notas florais, frutos vermelhos e especiarias. Na boca revela um bom equilíbrio, com taninos redondos e notas frutadas. O sommelier Barros indica como acompanhamento pratos como Leitão ou churrasco. O vinho tem 14% de álcool.
O importador Licínio Dias afirma que o limite de produção é de 900 mil garrafas para este rótulo. O vinho não está à venda em supermercados. “A cota de exportação para mim é de apenas 50 caixas por ano”, revelou. O Crasto pode ser encontrado no Recife na Concept Wine, no Recife (Rua Itajaí, 78, Imbiribeira – fone: 81- 3339.5234), por R$ 39,90. Também consta na carta de vinhos do Boi Preto.
Serviço:
Boi Preto Grill – Av. Boa Viagem, 97, Edf. Cassino Americano, Recife. Fone: (81) 3466.6334
Gosto do Quinta do Crasto. E o preço da Concept Wine está muito bom.
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