Vinho deve ter nota?


“Como pode um vinho ter 90 pontos e outro 91? Isso sempre me soou esdrúxulo…”. A frase é do compositor e crítico de vinhos Ed Motta. Com seu jeito convicto e irônico, ele levanta uma polêmica que mexe diretamente na metodologia utilizada pela revista Wine Spectator (a qual ele chama de Disney Spectator) e do todo-poderoso crítico de vinhos Robert Parker.

Hoje é comum encontrar publicações, inclusive de especialistas brasileiros, que utilizam sistemas de avaliação baseados em notas ou quantidade de estrelas. Não condeno esses críticos. Porém, assim como o Ed, acho que classificar o prazer como o de beber um vinho com esse pragmatismo é limitado demais. Não vou afirmar que não consulto os mais bem cotados nessas publicações, pois algo de bom normalmente eles têm. Mas a minha avaliação sobre um determinado vinho, assim como a sua, podem ser bem diferentes. O importante é o que a gente gosta. Por isso, sempre dou aqui a minha opinião, mas sempre respeitando os comentários daqueles que provaram o mesmo vinho e tiveram outra impressão.

E você, o que acha de tudo isso?

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0 Replies to “Vinho deve ter nota?”

  1. Eu abomino as notas, embora saiba que nao há outro jeito em concursos. Só a frieza dos numeros poderá dar algum sentido e razao a um prazer tao subjetivo… mas para o meu gosto nao levo para casa um vinho só porque ele é 91, 90 ou coisa que o valha…

  2. Puxa Fabiana. Não tinha pensado sobre este ponto de vista. Agora vou dar mais valor a minha própria opinião.

    Rui Fernando

  3. O Affonso, que comentou aí em cima, tem um blog que a escrivinhadeira aqui recomenda: é o Vinho sem Frescura, no site do Jornal do Brasil. Acessem: jblog.com.br/vinho

  4. Concordo totalmente com o Ed Mota e com a Fabiana. Gostar do sabor de um vinho é muito subjetivo. Não serão as notas mais importantes, de jeito maneira…..

  5. Olha, eu costumo usar as pontuações para criar um parâmetro com o meu gosto. Nem sempre combina, mas gosto de comparar as notas dos críticos com a minha opinião sobre o vinho.

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