A primeira vez que abri um vinho e me deparei com uma rolha sintética fiquei meio decepcionada. Logo me veio à cabeça que aquele vinho não poderia ser de boa qualidade. Isso já faz bastante tempo e, se não me engano, a garrafa era de um Valpolicella, tipo de vinho Italiano.
Procurei me informar e descobri que a cortiça, material da maioria das rolhas, é feita com a casca de uma árvore chamada Sobreira, comum em Portugal e na Espanha. De nove em nove anos toda a casca é retirada da árvore para a produção das rolhas. Esse grande período em que a árvore fica sem produzir, aliado ao aumento na fabricação e consumo de vinhos fez com que a cortiça ficasse mais cara e escassa. Além de ser mais barata, outra vantagem da rolha sintética é que ela apresenta um baixo índice de transmissão de oxigênio (a troca de ar com o ambiente externo pode vir a arruinar um bom vinho).
Mesmo assim, as rolhas de cortiça não devem desaparecer. Alguns especialistas continuam afirmando que o material é ideal para envelhecer vinhos de guarda. Além disso, tradição e glamour falam mais alto.
Cara blogueira, talvez vc não saiba, mas aquela pracinha, bem charmosinha, que fica por trás do Colégio São Luis, é formada por arvores de cortiça! Não sei se é Sobreira, mas há muito tempo atrás que as árvores cresceram e seu tronco é de cortiça! Pode conferir!
Puxa, Marcelo. Sei bem qual é a pracinha, mas confesso que nunca tinha prestado bem atenção às árvores. Vou investigar se são mesmo sobreiras e depois te digo. Abraços e continue escrivinhando.
Espero que as árvores permaneçam por lá, até porque não consigo simpatizar com essas rolhas que não parecem rolhas! Há anos nomeei aquele lugar de “Praça das árvores fofas”. Só chamo assim. ahahahahah!
Bina, confere domingo o DP. O peixe heterodoxo é a estrela da coluna. Uma história engraçada, que une verdade à ficção.
um cheiro,
af